Blog

Volvo Ocean Race: Saiba como trabalham os árbitros da regata

A Volvo Ocean Race é, sem dúvida, a principal regata de Volta ao Mundo e reúne os melhores velejadores e pessoas ligadas à vela do planeta. O evento, que começa em outubro, tem já confirmados cinco barcos e passará por todos os continentes. O Brasil faz tempo tem presença garantida, não só como cidade-sede e velejadores, mas também na arbitragem.
Na edição do Brasil 1, fui convidado juntamente com o Dr. Peter Siemsen, atuamos como consultores de regras.
Tanto eu como o Ricardo Lobato, Blu ja participamos como árbitros em edições passadas.

Mas como funciona a arbitragem? Vou contar, de maneira resumida, como as regatas da Volvo Ocean Race são fiscalizadas. Os barcos não precisam de rating, pois são todos iguais (tem 65 pés). Na prática, quem chega primeiro vence!

Nas provas chamadas In-port Races, feitas nas cidades-sede, o público consegue ver as manobras dos barcos. As embarcações velejam em um percurso restrito com bóias que obrigam a se encontrarem constantemente. A largada também é um momento que exige atenção da arbitragem, pois é quando os barcos navegam muito próximos uns dos outros. Nestas regatas o sistema é de arbitragem direta na água. Os juízes acompanham os barcos e decidem na hora e se houve infração penalizam na hora. O barco penalizado deve fazer um giro.

Nas pernas pelo oceano, que são mais longas (duram em média 20 dias), as equipes quase nunca se avistam, mas são obrigadas a passar por pontos, chamados de gates, no meio do oceano e são monitorados por equipamentos GPS que acompanham o caminho de cada barco em tempo real.

Fique ligado. A próxima edição da Volvo Ocean Race será a 12ª do evento de 40 anos. A regata terá 38.739 milhas náuticas de distância. As paradas serão em Alicante (Espanha), Cidade do Cabo (África do Sul), Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), Sanya (China), Auckland (Nova Zelândia), Itajaí (Brasil), Newport, Rhode Island (Estados Unidos), Lisboa (Portugal), Lorient (França) e Gotemburgo (Suécia). Um pit-stop de 24 horas em Haia (Holanda) está programada entre a França e a Suécia.

As duas próximas edições da Volvo Ocean Race serão disputadas com barcos de alto desempenho. Os novos modelos, chamados de Volvo Ocean 65, foram projetados por Farr Yacht Design e construídos por um consórcio de estaleiros do Reino Unido, França, Itália e Suíça. O novo monocasco de 65 pés (19,8 metros) será de design único e as equipes receberão os veleiros prontos para as regatas.

Read More
Oportunidade esportiva para o Brasil 2016

Pouca gente se deu conta, mas a delegação brasileira de 2016 estará maior do que nunca.
O Brasil como país sede tem direito a ter um atleta em cada uma das modalidades disputadas dentro dos 32 esportes que farão parte dos Jogos no Rio de Janeiro.
Isso abre uma oportunidade histórica para muitos esportes em que o Brasil jamais conseguiu índice para disputar.
Programa atual
Os seguintes esportes farão parte do programa dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016.
• Atletismo
• Badminton
• Basquetebol
• Boxe
• Canoagem
• Ciclismo
• Esgrima
• Futebol
• Ginástica
• Golfe
• Halterofilismo
• Handebol
• Hipismo
• Hóquei sobre grama
• Judô
• Lutas
• Nado sincronizado
• Natação
• Pentatlo moderno
• Polo aquático
• Remo
• Rugby sevens
• Saltos ornamentais
• Taekwondo
• Tênis
• Tênis de mesa
• Tiro
• Tiro com arco
• Triatlo
• Vela
• Voleibol
• Vôlei de praia
Sem falarmos dos Jogos Paralimpicos, serão aproximadamente 1000 medalhas disputadas, entre ouro, prata e bronze.
No caso da vela, nos jogos de Londres não conseguimos índice no 470 masculino e no Match Race feminino.
O sistema adotado pela vela para preencher as vagas de 2016, será o seguinte:
Acompanhamento e a observação do maior numero de atletas que estão disputando as vagas nas diversas classes, acompanhando não somente dos líderes atuais, mas dando oportunidade ao aparecimento de novos talentos.
Após cada evento é registrado os resultados por modalidade, indicando quem iria naquele momento se os jogos fosse naquela data. Esse procedimento de hoje ao final de 2015, cria um gráfico de desempenho de médio prazo, ficando fácil visualizar quem obtém os melhores resultados.
Após o primeiro evento de 2014, a Copa Brasil de vela realizada em Niteroi de 04 a 11 de janeiro, os primeiros de cada classe ficaram os seguintes:
Prancha a Vela Masculina: Ricardo Winick
Prancha a Vela Feminina: Patricia Freitas
Laser Masculino: Robert Scheidt
Laser Feminino: Fernanda Decnop
Finn: João Zariff
49erFX: Martine Grael
49er: Dante Bianchi e Thomas Low Beer
Nacra: Clinio de Freitas e CLaudia Swan

O próximo evento nacional será o evento teste que ocorrerá em agosto, no Rio de Janeiro, já nos moldes olímpicos, porem com a participação de dois atletas por país.
Espera-se que haja participação recorde de países com a intenção de conhecer a difícil raia da Baia de Guanabara.
Cabe ao Brasil aproveitar a oportunidade e preencher as vagas com nossos melhores atletas.

Read More
Vela nas olimpíadas, o baile das classes segue.
Vela nas olimpíadas, o baile das classes segue.

Novamente, às vésperas dos Jogos Olímpicos, se discute as classes que estarão nos próximos jogos. Não bastasse nosso natural interesse pelo tema, somamos o fato de que seremos os anfitriões em 2016 no Rio de Janeiro. Como velejadores, nos parece claro e lógico que no evento de maior evidencia e importância, se use equipamentos de classes estruturadas com flotilhas atuantes e espalhadas geograficamente por todos os continentes, que abrangem o máximo de características no sentido de que toda e qualquer nação possa disputar em igualdade de condições as medalhas olímpicas no esporte da vela. Da mesma forma, nos parece inconcebível que justamente na celebração máxima do esporte se experimente mudanças de regras e conceitos. Mas, mudanças têm acontecido, a maioria de difícil entendimento. Somente para citar algumas que aconteceram mais recentemente, como a saída do Soling após 2000. Difícil entender, pois coincidiu com incremento de política da ISAF para desenvolver o Match Race e as finais do Soling em Sidney foi um dos eventos mais televisionados da vela naquela edição. Vejam a matéria que se refere a este fato: http://www.nautica.com.br/colunas/viewcoluna.php?id=449 A saída e posterior volta do Star, que mostrou a força de uma classe estruturada e atuante, espalhada por todos os cantos do mundo. A entrada do Yngling, um barco que poucos conheciam e com pouquíssima expressão mundial, totalmente inadequado para vela feminina. Posteriormente foi a saída do Tornado e com ele os multicascos, alijando grande parte dos velejadores que utilizam os catamarãs como equipamento para velejar. Por traz destas manobras sempre aparece o argumento que a vela esta para deixar de ser um esporte olímpico. Que se não houver mudanças profundas, não haverá vela no futuro.  A principal razão, segundo o COI, é a vela não dar retorno aos Jogos e a televisão. Veja matéria escrita em 2006 sobre este assunto: http://www.nautica.com.br/colunas/viewcoluna.php?id=172 Quais as razões apontadas: 1) Regras e terminologia complicadas de entender 2) Regatas demoradas 3) Difícil de entender quem esta na frente, difícil televisionar e explicar ao telespectador. 4) Esporte de baixo apelo aos jovens (adrenalina). 5) Grande longevidade dos atletas de ponta 6) Grande dificuldade de comercializar as imagens de vela (poucos países compram).

Cada vez mais, quem financia o COI e as Federações Olímpicas Internacionais é a televisão. Portanto, fácil de entender porque a ISAF trabalha para mudar o quadro atual. Incrível que quem decide estas mudanças em última instância é o Conselho da ISAF que é formado por delegados dos países e que também representam grupos. O Brasil tem um voto e representa o voto do Paraguai. Sempre me chamou a atenção como é feita a estratégia para que a votação se encaminhe no sentido dos interesses. Neste aspecto o estrategista é um maestro, sem dúvidas, pois consegue elaborar uma sequência intrincada de votações, onde acabam quase sempre se degladiando duas classes que já não interessam, ou uma fraca contra uma muito forte, preservando sempre as classes que não interessa que saiam. Voltando a política que esta por trás das últimas mudanças, vemos que a intenção é mudar o gráfico, aproximando-o do gráfico dos outros esportes bem sucedidos nos Jogos. Cortar a classe Star que esta no topo da carreira dos velejadores, obriga que os “heróis olímpicos” procurem algum equipamento que ainda possam de adaptar ou se aposentem. Nesta linha, o Elliot também foi sacrificado. Barco fácil de ser velejado. Mesmo tentando estabelecer uma lógica, fica quase impossível achar uma razão para a saída do Windsurfe para a entrada do Kitesurfe, talvez por ser se tornado o esporte que mais tem se expandido nos últimos anos em todo mundo. As classes para os Jogos Olímpicos de 2016 estão confirmados como: Kitesurfe homens Kitesurfe da Mulher Dingue homens um tripulante – Laser Dingue mulheres uma tripulante – Laser Radial Dingue homens um tripulante (pesado) – Finn Dingue homens dois tripulantes – 470 Dingue mulher dois tripulantes – 470 Skiff masculino – 49er Skiff Mulher – 49er FX Catamarã  misto de dois tripulantes – Nacra 17 Mas acreditem, outras medidas ainda virão, como por exemplo uma Regata da Medalha, nos moldes das finais de corrida ou natação, onde os 10 primeiros correm a ultima regata com zero pontos, quem vencer, será ouro.

Read More